Juros do cheque especial e do empréstimo estão mais altos
O juro do limite da conta subiu 0,16%, enquanto o empréstimo pessoal teve alta de 0,05 ponto porcentual.
Segundo o Procon-SP, em fevereiro a taxa do cheque especial subiu 0,16 ponto porcentual, e a do empréstimo, 0,05
Cautela no consumo. Essa é a frase usada por Helena Gerencer, técnica do Procon-SP, para traduzir ao consumidor o que querem dizer os dados compilados pelo órgão sobre as taxas de juros que serão praticadas pelos bancos ao longo deste mês.
Tanto o cheque especial quanto o empréstimo pessoal tiveram altas de janeiro para fevereiro "depois de um período de estabilidade", lembra Helena. O juro do limite da conta subiu 0,16%, enquanto o empréstimo pessoal teve alta de 0,05 ponto porcentual. A taxa média de juros no cheque especial passou de 9,13% para 9,29% ao mês. A do crédito pessoal saltou de 5,34% para 5,39% mensais.
As altas repassadas ao consumidor têm a ver com o aumento da taxa básica de juros (Selic) feita na primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). "E outras ações do governo que começaram no ano passado relacionadas à contenção do crédito", explica Helena.
E a perspectiva não é das melhores. Segundo o próprio BC, a taxa Selic deve alcançar 12,5% ao ano até dezembro. Hoje a taxa está em 11,25% ao ano. "Isso mostra que as taxas médias do cheque especial e do empréstimo pessoal também vão subir", analisa a técnica do Procon-SP.
Evitar o impulso do consumo e a adesão a empréstimos é a recomendação de Helena ao consumidor. "Também é preciso ter consciência de que o cheque especial não é uma extensão do salário. Devemos evitar seu uso."
Banco a banco. O Procon-SP faz esse levantamento de taxas de juros bancárias mensalmente e analisa os sete maiores bancos do País (Banco de Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú Unibanco, Santander e Safra).
O aumento nos juros do cheque especial ocorreu em cinco dos sete bancos pesquisados: Bradesco (de 8,45% para 8,79% ao mês), Santander (de 9,66% para 9,96%), HSBC (de 9,55% para 9,80%), Banco do Brasil (de 8,05% para 8,15%) e Itaú (de 8,75% para 8,85%). No empréstimo pessoal, apenas o Itaú (de 6,02% para 6,30% ao mês) e o Bradesco (de 6,00% para 6,04% ao mês) elevaram o juro.
Helena chama a atenção dos consumidores para as altas taxas de juros praticadas no cheque especial. "São muito altas mesmo", insiste. Especialistas em finanças também usam a mesma recomendação e afirmam que cheque especial deve ser usado apenas em emergências e por dois ou três dias no máximo. Se precisar usar mais do que isso, o indicado é procurar um empréstimo, que tem taxa mais baixa.
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