Descubra as melhores cidades para se morar (e trabalhar) no Brasil
Está enganado quem pensa que as capitais são os melhores lugares para se viver no Brasil. De acordo com o Índice de Desafios da Gestão Municipal elaborado pela consultoria Macroplan, que classificou as 100 maiores cidades do Brasil segundo quesitos como educação, saneamento, saúde e segurança, apenas Curitiba (PR) e Vitória (ES) aparecem no top 10.
Está enganado quem pensa que as capitais são os melhores lugares para se viver no Brasil. De acordo com o Índice de Desafios da Gestão Municipal elaborado pela consultoria Macroplan, que classificou as 100 maiores cidades do Brasil segundo quesitos como educação, saneamento, saúde e segurança, apenas Curitiba (PR) e Vitória (ES) aparecem no top 10.
A campeã do ranking é Maringá (PR) com uma taxa de 0,756, em uma escala que vai até 1,000. O município se destaca pela segurança: o número de homicídios e mortes no trânsito vem caindo ao longo dos últimos anos. Além disso, a cidade conta com boa estrutura de saúde pública, o que fez com que saltasse seis posições desde o último levantamento.
Na segunda posição, aparece Jundiaí (SP) com um índice bem próximo, de 0,746. O município de 420 mil habitantes se destaca pela estrutura de saneamento, que quase alcançou a nota máxima da categoria (0,960). Os moradores contam com coleta de lixo e 99% deles têm acesso a abastecimento de água. Já o tratamento de esgoto abrange 98% dos lares.
Completando o pódio está São José do Rio Preto (SP), que tem um bom desempenho em educação. A taxa de aprovação do ensino fundamental é de 96%, enquanto a média nacional é de 90%.
Impactos na saúde
De acordo com o estudo, 55 das 100 localidades mapeadas tiveram queda nas taxas de saúde. Um exemplo disso é Campina Grande (PB) que perdeu 31 posições no ranking, passando do 49º para o 80º lugar. Neste caso específico, a taxa de mortalidade infantil aumentou em 51% no período de um ano, atingindo a marca de 15,4 por cada 100 mil habitantes, de acordo com o DataSUS.
Certamente, a crise de 2020, provocada pelo novo coronavírus, deve aprofundar as desigualdades nacionais e mostrar a disparidade que existe entre as mais de 5 mil cidades brasileiras, como destacam os coordenadores do estudo. Para eles, os prefeitos que assumiram seus cargos no início de 2021 têm desafios agudos, principalmente em relação à taxa de desemprego elevada e um contexto fiscal bastante preocupante.
“A agenda de recuperação econômica e a redução das desigualdades necessitarão, mais do que nunca, de articulação entre os entes da federação, terceiro setor e iniciativa privada, do uso intensivo de dados, evidências e inovação no setor público”, destaca a economista-sênior e coordenadora do Índice, Adriana Fontes.
São Paulo versus Rio de Janeiro
Em um comparativo entre as cidades mais populosas do Brasil, a capital paulista teve um desempenho superior em 2019. A metrópole aparece em quarto lugar na disputa entre as capitais brasileiras, atrás de Curitiba, Vitória e Belo Horizonte (MG). Já no ranking geral, ocupa a 19ª posição, enquanto o Rio de Janeiro fica no 42 lugar.
De São Paulo vem a melhor performance nacional em segurança pública. Segundo o mapeamento, apresenta o menor índice de homicídios: são 3,7 casos por 100 mil habitantes. Em 2019, foram 909 óbitos provocados por acidentes de trânsito.
Já no Rio de Janeiro, o número de homicídios foi três vezes maior, superando 11 mortes a cada 100 mil pessoas. No trânsito, porém, o número foi bem menor, de 382 durante todo o ano, o que coloca a cidade abaixo da média nacional, de 5,7 registros por 100 mil habitantes.
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